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Biografia / Biography

Ricardo Crista, nascido em Lisboa em 1978, concluiu, em 2005, a licenciatura em Pintura, na ARCA|EUAC (Escola Universitária das Artes de Coimbra). Em 2012 finalizou o Mestrado em Ensino de Artes Visuais pela Universidade de Évora.

As obras de Ricardo Crista desenvolvidas num período entre 2005/2009 resultam num trabalho de um jogo visual de cores e superfícies, visando produzir efeitos ópticos. O Autor revela uma preocupação fundamental que é conceber a sua obra numa reflexão sobre a cor.
As suas Composições Geométricas, caracterizadas pelo emprego de riscas verticais multicoloridas, realizam uma crítica, esta, consumista. Pretendem denunciar simultaneamente o Capitalismo, numa Arte Geométrica/Social, num Mundo Virtual.
As suas obras sugerem a ideia de movimento, por meio de efeitos ópticos obtidos de várias formas, jogando com associações cromáticas e formais.
De um modo notório, formam mudanças de ritmo, condensações ou relaxamento dos padrões de riscas, linhas onduladas, formas rectangulares, movimentos e contra-movimentos e êxtases virtuais e dinâmicas dos elementos pictóricos.
Evocam uma expressividade suspensa mas não relacional que, contudo, é sempre mantida sob controlo formal.
Revelam diferentes comportamentos e outras condições de cor. Modificam-se consoante a posição da luz ambiente e do espectador, projectando-se num espaço visual e criando uma situação evolutiva.

Actualmente, na sequência das suas obras Ricardo Crista desenvolve o seu trabalho situando-se entre a abstracção e a figuração, desafia o espectador na aparência geométrica que a maior parte das suas obras ostenta, se revela, a um olhar um pouco mais atento, um jogo com o espectador que é construído a partir de um realismo disfarçado de abstracção.
Quando olhamos, num primeiro relance, para as suas telas, a nossa primeira sensação é a de que nos encontramos perante pinturas incompletas ou inacabadas, linhas que estruturam geometricamente as obras, apresentado como desmontado ou por montar. No entanto, imediatamente reconhecemos as linhas como fitas adesivas de papel. Atraídos pelo nosso espanto, que nos faz interrogar porque é que deixou na tela as fitas que lhe serviram para isolar e fixar as formas cromáticas, como se estivesse numa mesa de trabalho.
Só então descobrimos que as fitas são pintadas, de forma hiper-realista, provocando um efeito de trompe-l’oeil. Assim, o carácter abstracto que julgámos reconhecer nas suas obras é substituído pelo reconhecimento de que se trata de uma representação, por mais que o objecto dessa representação, as fitas adesivas de papel, nos pareça um motivo caricato que, provavelmente, não mereceria um tal esforço de semelhança.

RICARDO CRISTA

VISUAL ARTIST

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